quarta-feira, 24 de outubro de 2012

VERSEJAR

VOU CAMINHAR POR ONDE VOAM OS PÁSSAROS E PASSEAR EM SEUS GORJEIOS MATUTINOS EM CÂNTICOS MAVIOSOS, NAS ARVORES FRONDOSAS ONDE OUTRORA CANTAVAM AS CIGARRAS NOTURNAS DE OLEGÁRIO MARIANO. VOU ALCANÇAR AS ESTRÊLAS QUE DIZIAM VERSOS PARA OLAVO BILAC EM SUA IMAGINAÇÃO GLORIOSA, ENQUANTO AMAVA A MAIS LINDA DAS MULHERES. VOU REFUGIAR-ME NAS PALMEIRAS COMPRIDAS, NO POUSO DAS SABIAS DE GONÇALVES DIAS, PORQUE “AS AVES QUE AQUI GORJEIAM, NÃO GORJEIAM COMO LÁ”. VOU ESQUECER DA DOR DO MUNDO E DA SIMBIOSE, DA HEMOPTIASE SOFRIDA DIA A DIA POR AUGUSTO DOS ANJOS E VOAR COMO O CONDOR QUE ADEJA O ESPAÇO INFINITO, QUE NÃO CONHECE O LIMITE CONTIDO NA IMAGINAÇÃO DE VICTOR HUGO OU NO CONDOREIRISMO DE CASTRO ALVES. VOU QUEDAR-ME SILENTE, INERTE E INERME, NA POLTRONA DE SCHOPENHAUER PARA NÃO DIZER MAIS NADA. 07.12.2010.

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