sexta-feira, 23 de outubro de 2009

VIDA VIVIDA - CAPÍTULO IV


Em 1963 sou contratado pela Boate Michel e pelo Restaurante Le Rond Point, casas noturnas das mais destacadas do Rio de Janeiro, localizadas na Rua Fernando Mendes em Copacabana, (tansversal da Av. N. S. de Copacabana com Av. Atlântica) tornando-me amigo de Altemar Dutra, Silvio Cezar e Roberto Nascimento, com quem passo a dividir as noites de boemia, cantando na madrugada até o dia amanhecer. Nesta oportunidade conheço pessoalmente Antonio Maria (jornalista e compositor), Ivon Cury, João de Barro – (Braguinha), Fernando Lobo, Lupicinio Rodrigues, Luis Reis, Ibraim Suede (Colunista Social de maior destaque no país), Silvinha Teles, Helena de Lima, Elizete Cardoso, Evaldo Gouveia, Mariza Gata Mansa (amiga) de muita saudade, Augusto Cezar Vanutti, Agostinho dos Santos, Catulo de Paula, Rildo Hora (violonista e gaitista de primeira linha), Luis Antonio, Luis Reis, Luizinho Eça, Mielle, dentre tantos cantores, compositores, políticos, diplomatas, escritores, poetas como Augusto Frederico Schmidt, (Augusto Frederico Schmidt (18/04/1906 - 8/02/1965). Poeta, editor, empresário, nascido no Rio de Janeiro) (participei de lançamentos de alguns de seus livros); Ministro Armando Falcão, (cantei no aniversário de 15 anos de sua filha), Doutel de Andrade (líder político do grupo de João Goulart – Presidente da República, cassado pela ditadura de 1º de abril de 1964); artistas e jornalistas dos mais famosos, como Sergio Porto, Fernando Lobo, Paulo Francis e Sergio Cabral, freqüentadores assíduos do Michel, como foi Antonio Maria que morreu de enfarte na porta do Rond Point.
Na Tv Continental acompanhei ao violão – Caubi Peixoto, Agnaldo Timoteo (de quem fui amigo durante alguns anos), Nelson Ned, Rosemeire, Joelma, Carlos Alberto, Silvinho, Rosita Gonzalez, Hebe Camargo, João Roberto Kelly (pianista e compositor) e muitos outros. Como cantor apresentava-me toda quarta-feira, durante aproximadamente três anos, sempre ao lado de Sarita Campos, dividindo o espaço algumas vezes com Hebe Camargo e Iara Franco.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

VIDA VIVIDA


CAPÍTULO III - Continuação.


Após 15 dias de permanência na casa de um irmão de Carlos Santiago, amigo que levei para o Rio, fui morar na Pensão Tip Top na Praça Tiradentes, (onde também moravam Wilson Gray – ator do cinema nacional dos mais requisitados e Zé Gonzaga, irmão de Luis Gonzaga – O Rei do Baião), local de muitos Teatros e Ponto dos Músicos e dos Artistas. Para conseguir recursos financeiros para pagar a pensão fui trabalhar na Exposição Carioca – Grande Magazine, com endereço no Largo da Carioca, Centro do Rio de Janeiro, por indicação de meu amigo Edson Lopes (de saudosa lembrança) que trabalhava na Exposição Modas, loja do mesmo grupo, permanecendo durante 20 dias, quando consegui um contrato como cantor na Boate Claudiu´s Bar, na Galeria Ritz, levado pelo amigo Fernando Simões. Ali trabalhei durante dois anos, servindo de base para conhecer o mundo artístico da época, mantendo contato com Wilson Simonal, Nora Ney, Arlindo Borges (violonista de Nelson Gonçalves por um bom tempo) e Raimundo Evandro, estes últimos ex-componentes do Conjunto “Vocalistas Tropicais”, de muito sucesso, inclusive com a música carnavalesca – “Tomara que Chova”. Cantei em várias boates da zona sul e praticamente em todas as emissoras de Rádio e Televisão do então Estado da Guanabara.Passei a residir na Av.Nossa Senhora de Copacabana, num apartamento de primeiro andar, depois num apartamento do Edifício da Galeria Ritz, morando com Vilma, minha segunda companheira de vida conjugal. Inscrevo-me na Ordem dos Músicos do Brasil e recebo a Carteira Profissional. Conheço Carlos Imperial que me procura para gravar músicas de sua autoria, não sendo possível pela incompatibilidade de gênero, contudo tornamo-nos amigos e através dele conheço Roberto Carlos, Erasmo Carlos (em início de carreira), Oliveira Filho (radialista com programa na Rádio Guanabara) e outras pessoas do rádio, possibilitando-me várias apresentações e shows, na Rádio Guanabara, Carioca, Vera Cruz, Rio de Janeiro, Mundial, Eldorado, Globo, Nacional, e na Boate Plaza participando do Clube do Disco, dos Artístas e do Clube do Cinema, quando Jorge Ben pedia para que permitissem uma apresentação sua, o que ocorria todo dia de quarta e quinta-feira. Conheço Haroldo Eiras, através de Cunha – amigo de Marivone, que me apresenta Humberto Garin (uruguaio e cantor de samba, da Boate Drinks de Djalma Ferreira, no Leme), que me apresenta a Rildo Hora, que me leva para a Produtora de discos Pawal, sendo convidado para um teste nos estúdios da Gravadora Columbia sob o comando do Maestro Nelsinho que gravava com a Orquestra “Românticos de Cuba”, e onde em início de carreira gravava Roberto Carlos. Gravo dois discos 78 RPM e um Compacto Duplo na RCA VICTOR e passo a me apresentar em todas as emissoras de rádio e televisão do Rio de Janeiro, a exemplo da Rádio Nacional nos Programas de Cezar de Alencar, Paulo Gracindo e Manoel Barcelos; Rádio Carioca, Eldorado, Globo - programa de Sarita Campos, Chacrinha, Haroldo de Andrade, Luis de Carvalho; Mundial, Tamoio, Tupy - programa de Jair Amorim; Rio de Janeiro, Guanabara - programa de Oliveira Filho; Vera Cruz - programa de Willian Duba, dentre outras. Sou convidado por Sarita Campos na Tv Continental para participar como cantor e violonista oficial do Programa “De Braços Abertos” no horário do Clube das Garotas do Brasil e sou consagrado como o Cantor Oficial do Clube, que em 1965 passa para a TV Globo.

VIDA VIVIDA

CAPÍTULO III


Noite de Serenata-Feira-Ba. 1960.




No mesmo período, apresento-me como cantor na Rádio Sociedade de Feira de Santana, na Rádio Cultura, em Clubes a exemplo do FTC, CAJUEIRO, COMERCIÁRIOS E EUTERPE, com êxito, faço uma excursão pelo sul da Bahia e sigo para o Rio de Janeiro – “Cidade Maravilhosa”, centro artístico e intelectual do país, desembarcando em abril de 1961.