Minhas
filhas são minhas filhas,
Vindas
de mim, das minhas entranhas,
Fruto
do meu fruto, de uma árvore milenar,
Que
conheço por ouvir dizer
Porque
o tempo não nos permite caminhar
Na
sua estrada.
Nascidas,
crescidas e vivenciadas,
Firmam-se
compassadamente.
Engatinham,
andam, correm e pensam
Por
nós e além de nós,
Ora
encontradas, ora desencontradas,
Firmam-se
em suas próprias idéias
Herdadas
ou deserdadas.
Eu
sou o arco e elas as flechas
Arremessadas,
que atingirão alvos diferentes,
Porque
seguem rumo diverso,
Cada
uma numa direção,
Sabendo
o ponto de partida
Sem
avistar a chegada.
Vindas
do ontem
Residem
no hoje
Na
casa do amanhã
Abrigo
de sonhos
Coloridos
que o presente
Muitas
vezes pinta
Com
a tinta do passado
Já esquecido. Feira, 2014.