HAVIA
UMA CASA
Havia
uma casa
E
dentro dela uma princesa
Que
se chamava Linda.
Podia
ser Julieta
Morar
em Verona Beach
Filha
dos Capuleto
Apaixonar-se
Por
um Montéquio
E
ser consagrada
Nos
versos tristes
De
Willian Shakespeare.
Nasceu,
filha da união
Dos
que se amam,
De
cuidados tão profundos
Que
se fez bela e desejada,
Inspiração
do poeta menor
Que
a cortejou
Em
versos musicados
Em
noites de serenatas
Quando
a lua a abençoava
No
seu leito de cetim
Beijando-a
e bendizendo
O
trinar das cordas
De
um violão
Do
cantor apaixonado
Que
caminha sua estrada
Nos
versos que diz:
“Acorda
minha bela namorada
A
lua te convida a passear
Seus
raios iluminam toda a estrada
Por
onde haveremos de passar...”.
E
passamos como passam
Todos
os amantes
Que
sonharam
E
não se souberam amar.
A
casa, hoje vazia,
Abriga
a saudade
Numa
esquina abandonada,
Por
onde os pássaros de outrora
Já
não cantam mais.
Por
onde as flores perfumadas
Já
não existem mais.
Por
onde a triste madrugada
Já
não orvalha mais.
Porque
“As flores do jardim da nossa casa
Morreram
todas, com saudade de você,
E
as rosas que cobriam nossa estrada
Perderam
a vontade de viver,
Eu
já não posso mais
Olhar
nosso jardim
Lá
não existem flores,
Tudo
morreu pra mim...”.
Porque
o tempo nos abriga
Como
passageiros
Na
velocidade que a gente não sente
Os
olhos não veem
A
verdade não mente
Mas
o coração sente
E
morre a cada dia.
Feira
de Santana, 24/11/2015.
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