domingo, 11 de abril de 2010

REVIVENDO STANISLAW PONTE PRETA


REVIVENDO STANISLAW



Hoje me deu uma saudade imensa do Rio de Janeiro e resolvi escrever este texto.

Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo de Sérgio Marcus Rangel Porto, também conhecido como Sergio Porto. ATIVIDADE PROFISSIONAL: Jornalista, radialista, televisista (o termo ainda não existe, mas a atividade dizem que sim), teatrólogo ora em recesso, humorista, publicista e bancário,(definição dada pelo próprio). Conheci esta figura insuperável nos idos de 1963 em pleno Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, pouco tempo antes da “gloriosa”, nome usado pelo próprio para definir a ditadura de 1964, época de repressão, momento negro de nossa história que enterrou a intelectualidade e fez crescer o semi-analfabetismo conveniente aos imperialistas. Ele escrevia para o melhor Jornal de então – ULTIMA HORA, de Samuel Wainer, marido de Danuza Leão paixão de Antonio Maria outro jornalista espetacular. Para se ter uma idéia da importância deste Jornal, basta saber quem eram os demais colaboradores: Tristão de Ataíde ou Amoroso Lima, da Academia Brasileira de Letras; Otto Maria Carpeaux, Paulo Francis o que raciocinava em bloco, - todos poliglotas, escritores conceituados. Nesta década eu lia Jornal do Brasil, Correio da Manhã, O Jornal, Ultima Hora, Lê Monde, Figaro, La Nation e o Time publicado em espanhol. Preferi sempre a Ultima Hora pela sua equipe e Stanislaw brilhava com as suas Crônicas e a publicação das “Certinhas do Lalau”, exibindo estonteantes vedetes de deixar água na boca e o corpo tremulo de um prazer frustrado. Lembro-me de Aizita Nascimento (Miss Guanabara), Betty Faria (Atriz), Brigitte Blair, Carmen Verônica, Eloina, Íris Bruzzi, Mara Rúbia (vedetes), Miriam Pérsia, Norma Bengell, Rose Rondelli, Sônia Mamede (Atrizes) e Virgínia Lane (conhecida Vedete do Brasil, que se gaba de ter sido a preferida de Getulio Vargas, com quem teve um caso amoroso). Sergio Porto ou Stanislaw era freqüentador assíduo do Michel e do Lê Rond Point, adorava um bom Uísque e mulheres bonitas. Dizem que “morreu de Coração e Trabalho”, laborando uma média de 15 horas por dia, fazendo o que mais gostava – escrever para jornais, revistas, rádio e televisão, inclusive para o programa de Chico Anísio.

Sua Obra:
Como Stanislaw Ponte Preta:
- Tia Zulmira e Eu - Editora do Autor, 1961- Primo Altamirando e Elas - Editora do Autor, 1962- Rosamundo e os Outros - Editora do Autor, 1963- Garoto Linha Dura - Editora do Autor, 1964- FEBEAPÁ1 (Primeiro Festival de Besteira Que Assola o País), Editora do Autor, 1966- FEBEAPÁ2 (Segundo Festival de Besteira Que Assola o Pais), Editora Sabiá, 1967- Na Terra do Crioulo Doido - FEBEAPÁ3 - A Máquina de Fazer Doido - Editora Sabiá, 1968
Com o nome de Sérgio Porto:
- A Casa Demolida - Editora do Autor/1963 (Reedição ampliada e revista de O Homem ao Lado - Livraria. José Olympio Editores)- As Cariocas - Editora Civilização Brasileira, 1967
Ao rever este Jornalista inconfundível, lembro de você, amigo Zé Coió, com seu humor, genialidade e gosto pelo belo sexo, a exibir o Colírio da Semana, que já está fazendo falta.

Aqui vai uma certinha do Lalau –




Anilza Leoni


Um grande abraço.
Do amigo, Milton Britto.

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