2º
Capítulo
Na verdade a liderança foi
do Gal Tasso Fragoso, com o apoio da maioria da Força Militar, que se opunha a
permanência de Washington Luis, que tentou impor o resultado que lhe favorecia,
embora fraudulento, segundo se afirmava, chegando a convocar reservistas para
resistir à revolução, sendo preso e conduzido para o Forte de Copacabana, até
ir para o exílio na França.
Daí o Gal. Telegrafou para
Getúlio comunicando que todos o esperava para assumir a chefia do Governo.
Até a data de 20 de julho de
1934, Getúlio assumiu o Governo com a Junta Governativa, composta pelos seguintes
membros: Gal. Tasso Fragoso; Gal. Mena Barreto; Contra-Almirante Isaias de
Noronha. Nesta data, através de eleição indireta foi Getúlio eleito Presidente
Constitucional, com mandato até 10 de novembro de 1937 e a partir desta data
até 29 de outubro de 1945, constituiu-se o governo denominado Estado Novo.
Em 1932, São Paulo, ainda
insatisfeito com os rumos da política, opondo-se a Getúlio, tenta uma Revolução
que denomina “Constitucionalista”, sob a liderança do Gal. Euclides Figueiredo
(pai do futuro Gal. João Batista de Figueiredo), sendo sufocada e derrotada,
embora tenha recebido o apoio de Minas Gerais, sob a liderança do ex-presidente
Artur Bernardes.
Na eleição de 1934, Getúlio
teve como concorrentes nove candidatos e o único que se aproximou dos votos por
ele recebidos, foi Borges de Medeiros com 59 votos contra 175 recebidos por
Getúlio. Os demais não receberam mais de 5 votos.
Dentre as situações
adversas, Getúlio enfrentou dois grupos políticos de destaque e importância
histórica, que foram – os Integralistas comandados por Plínio Salgado – adepto
do nazismo e do fascismo; e a Aliança Nacional Libertadora, adeptos do
socialismo e do comunismo, tendo como líder Luis Carlos Prestes.
Em 25 de março de 1935, em
carta dirigida ao Embaixador do Brasil em Washington, Oswaldo Aranha, comunica
que resolveu fechar a ANL, embora esta tivesse uma grande simpatia de boa parte
dos militares, até porque Prestes fazia parte de um grupo denominado
Tenentistas.
A Ação Integralista
continuava a existir, acredita-se, pela força que representava O Nazismo e o
Fascismo, no mundo à época, em virtude dos seus avanços na 2ª Guerra Mundial.
Fato curioso ocorreu em 1937
com a presença do Capitão Olímpio Mourão Filho (aquele que em 64 comandou as
tropas de Minas Gerais para o Golpe que derrubou Jango e implantou a ditadura
no Brasil em nome dos EUA, por 20 anos), à época membro dos Integralistas, que
forjou um atentado “comunista”, com o pretexto de “combate aos vermelhos”
26/12/2017.
Continua no
próximo capítulo.